TVs ultrapassam celulares em consumo de vídeos no YouTube

Mudança é mais uma demonstração do Impacto da Evolução Digital na Indústria do Entretenimento

TVs ultrapassam celulares em consumo de vídeos no YouTube

Foto: Eduardo Cavalcanti/LeiaJá

Rio de Janeiro – O desenvolvimento acelerado da Internet e o crescimento da audiência e do tempo dedicado às telas on-line, especialmente com plataformas como o YouTube e serviços de streaming, transformaram radicalmente o cenário da mídia e do entretenimento. O que antes era dominado por poucos canais de televisão agora é uma vasta rede de criadores independentes e empresas de tecnologia.

Nos anos 80 e 90, programas populares de TV alcançavam facilmente audiências de centenas de milhões de pessoas. Hoje, mesmo as séries de maior sucesso raramente atingem 10 milhões de espectadores. Embora o mercado tenha se expandido, a fragmentação do público é evidente.

Plataformas como Netflix e YouTube redefiniram o conceito de “estrela” e mudaram a forma como consumimos conteúdo. Enquanto a Netflix adaptou o modelo tradicional de filmes e séries para o ambiente de streaming, o YouTube permitiu que qualquer pessoa se tornasse criador de conteúdo, democratizando o acesso à audiência global e permitindo que qualquer pessoa pudesse ter acesso às grandes verbas do mercado publicitário.

No entanto, o sucesso não acontece da noite para o dia. Muitas das empresas e personalidades de destaque hoje levaram décadas para se consolidarem. O segredo está na persistência, na adaptação às mudanças e na compreensão das dinâmicas de oferta e demanda.

O futuro do entretenimento continua a evoluir com a tecnologia, mas uma coisa permanece constante: o poder das boas histórias e a criatividade dos indivíduos que as contam.

Essa reflexão foi feita na palestra do empreendedor canadense Ashkan Karbasfrooshan, fundador da WathMojo, que subiu ao palco do Web Summit Rio, que acontece na cidade do Rio de Janeiro até a próxima quarta-feira, chamando a atenção pro fato de que, pela primeira vez, aparelhos de televisão superaram o celular como principal fonte de consumo de vídeos do YouTube, plataforma que atualmente tem cerca de cinco bilhões de vídeos vistos todos os dias.

Veterano do YouTube, o canadense falou sobre o impacto que essa mudança está trazendo para o “mercado audiovisual tradicional”, em especial por conta das novas formas de consumo da publicidade. “Quando começamos, as empresas tradicionais não tinham motivos razoáveis para se aproximarem do YouTube. Hoje, elas elas correm desesperadamente para não ficarem pra trás. E precisam mudar e se adaptar aos novos formatos urgentemente”.

Ele destacou ainda a importância de se contar boas histórias, o storytelling, e também de ser criativo e de aprender a usar as ferramentas disponíveis. E para como a “pessoa comum” ganhou poder e espaço na disputa pela atenção das pessoas.

Durante o evento, o mercado audiovisual, sobretudo o on-line, vem ganhando bastante destaque. O poder das redes sociais, com apresentação de cases envolvendo principalmente Instagram e TikTok, o crescimento das plataformas de streaming e, claro, o YouTube (e os YouTubers) já foram temas de painéis em vários dos palcos desta edição, que está ganhando cobertura especial do LeiaJá.