Tecnologia: O efeito das redes sociais na saúde mental e o estilo low profile

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Em época de quase todos conectados e a tecnologia avançando a cada dia, quem não está nas redes ou por dentro do mundo digital parece algo raro. Mas todo esse avanço causa impacto não só no lado externo, ao nosso redor, mas também no lado interno, em nossa mente.

Sabemos que o avanço tecnológico trouxe diversos benefícios, como as redes sociais e a facilidade de se comunicar com outra pessoa a qualquer momento independente da distância. Mas, a tecnologia também tem seus desafios. O uso excessivo pode ser prejudicial, como diz a frase popular: “tudo demais faz mal”.

Como uma ferramenta que tem o poder de unir, também tem o poder de distanciar? Como uma ferramenta que tem o poder de abrir portas para o conhecimento, também tem o poder de levar a mente ao desgaste e escassez? Para a psicóloga clínica Joyce Costa, o avanço da tecnologia vem facilitando a nossa vida em diversos aspectos, mas o uso excessivo pode trazer malefícios.

Já ouviu alguém falar: eu durmo, mas é como se a minha mente não parasse de trabalhar? Essa é uma das consequências da exposição constante à tela, o cansaço mental.

“Uma das consequências é a alteração do sono, onde muitas pessoas relatam ‘dormir e a mente não para de trabalhar’. Um indivíduo que não passa por todos os processos do sono durante a noite tende a ter dificuldades de atenção e concentração, afetando toda a sua rotina”, disse a psicóloga.

Além de afetar a qualidade do sono, a exposição constante às telas pode desencadear quadro de estresse.

“Outra questão é o desencadeamento do estresse. A exposição constante às telas, principalmente em pessoas que trabalham diretamente com elas, causa prejuízos no sistema nervoso, que podem ocasionar alterações de humor, dificuldade de autocontrole emocional e, em muitos casos, transtornos de ansiedade,” ressalta.

Na vida profissional não é diferente. O avanço tecnológico possibilitou diversas formas de estudo. Você pode cursar o ensino superior em casa no modo EAD – Educação a Distância, você pode estudar para a prova no ônibus através do celular, mas quando se há uma dependência das redes sociais, a tendência é a procrastinação. Perca de foco e os prazos de entrega, seja escola, faculdade ou trabalho. O resultado que poderia ser positivo, torna-se negativo.

Quando o uso excessivo da internet vira dependência

“A pessoa dependente das redes sociais, em sua maioria, não possui esse autoconhecimento e compreensão que precisa de ajuda. Muitas das vezes, se atentam aos sintomas físicos como: cansaço excessivo, dores de cabeça e no corpo constantes e sedentarismo. Ao buscarem auxílio médico e passarem pela bateria de perguntas e exames, são encaminhados aos profissionais de psicologia para serem auxiliar nessa devolutiva da qualidade de vida,” ressaltou a psicóloga.

Estilo Low Profile

Em uma era de quase todos conectados, um novo estilo está repercutindo, o Low Profile, o antigo: está em off. Low Profile (que significa perfil discreto), é caracterizado pelo estilo de pessoas que pouco usam as redes sociais e mantém um perfil mais reservado. Para a psicóloga, a mudança para o novo estilo não pode ser repentina, é importante ir com calma, porque ao invés de ajudar, pode ser um choque na mente.

“Bom, eu acredito que qualquer método que possa auxiliar o indivíduo seja válido. Entretanto, nós devemos ter cautela. Vamos pensar um pouco: Se tirarmos algo no qual o indivíduo já esteja adaptado de uma forma repentina, ele também irá sofrer consequências. O ideal é ir, aos poucos diminuindo o tempo das redes sociais e preenchendo as lacunas de tempo com outras atividades, seja a leitura de um livro, o exercício físico ou qualquer outra atividade rotineira, sempre levando em consideração as preferências daquela pessoa”, pontuou a psicóloga.

Confira no vídeo abaixo como identificar e tratar o vício em internet e os prós e contras do low profile: