‘O game está na mão de todo mundo’, diz curador da Campus Party
A área de jogos eletrônicos é uma das mais procuradas durante a Campus Party. O LeiaJá conversou com o curador de game do evento
setembro 6, 2024 - 9:30 am
Rodrigo Selback, curador de game da Campus Party. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá
A escolha da maioria dos participantes da Campus Party Nordeste (CPN), em termos de atração, é, sem dúvidas, a arena de jogos eletrônicos. Mas não é apenas de game que vive um evento de tecnologia. As palestras, portanto, fazem parte da programação, e a escolha dos convidados se dá por um estudo e montagem de curadoria de cada região. É o que explica o responsável da curadoria de conteúdos de games, Rodrigo Selback.
“A gente faz uma seleção muito cuidadosa, tendo como base o que a gente entende que é a necessidade do ecossistema. E aí em cada lugar que tem uma edição da Campus, eu estudo esse ecossistema seleciono alguns palestrantes que a gente entende que fazem sentido para estar lá”, explica.
De acordo com os estudos de Rodrigo, Pernambuco, e o Nordeste em geral, tem um forte apelo para desenvolvimento de games. Game design e game dev são as áreas mais procuradas e com maior atuação, segundo o levantamento inicial da produção do evento. Portanto, é uma forma de compreender quem chamar para conversar com os participantes, e sobre quais temas centrais. “O importante da Campus é que a gente consiga mostrar para as pessoas que existem, no seu próprio ecossistema, a capacidade e potencialidade para se desenvolver, mostrando isso com os talentos locais”, conta.
O mundo ao redor do game
Rodrigo conta que a organização da Campus Party busca oferecer ao público não pagante uma experiência voltada para games. Assim, é possível estabelecer um acesso democrático a equipamentos, além de trazer inspiração para diversas pessoas.
“A gente tem um preceito aqui na Campus muito importante, que é: tudo relacionado a games está na área open da Campus. Tudo de games está na área gratuita. Então, lá na arena de games, qualquer pessoa, de qualquer lugar, pode vir e entrar gratuitamente. Aqui nas palestras de game, a mesma coisa”, afirma.
“Você não precisa ter o valor do ingresso para vir e ser impactado com o conteúdo de games. A gente tem uma premissa que o game precisa ser para todo mundo. O game tá na mão de todo mundo. Ele tá na mão de quem tem um PC gamer muito potente. Mas, ele também tá na mão de quem tem um celular muito simples. O game tá na mão de todo mundo, então a nossa área de conteúdo em games também precisa ser para todo mundo”, declara Rodrigo.
Parceria com escolas públicas
Outro ponto trazido pelo curador é a parceria que o evento firma com governos estaduais em todas as edições. A ideia é fazer com que as escolas levem seus alunos à Campus Party para que eles vivam a experiência por um dia. Do Grande Recife, diversas escolas estaduais levaram seus alunos, além de algumas instituições municipais.
“A gente busca as escolas locais, municipais e estaduais, para que eles venham para a Campus e vivam aqui dentro com a gente. É uma parceria que a gente faz em todos os lugares que a gente vai, mas que o importante disso é a gente conseguir trazer para dentro do nosso ecossistema pessoas que talvez não tivessem a oportunidade de estar aqui se não fosse a nossa parceria com as escolas”, finaliza.