Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Um usuário indiano era tão viciado no serviço de streaming Netflix que passava uma média de sete horas por dia transmitindo programas na plataforma - e teve que passar por tratamento em uma unidade de saúde mental para ajudar a se livrar da dependência. Ele admitiu ter sido viciado no Netflix por mais de seis meses. Seu hábito compulsivo causava fadiga, cansaço visual e ciclos irregulares de sono.

Na semana passada, a clínica do Serviço para Uso Saudável da Tecnologia (SHUT) do Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências (NIMHANS) em Bangalore, Índia, tratou um homem de 26 anos que disse ser viciado no Netflix.

O médico Manoj Kumar Sharma, chefe da clínica SHUT, disse que a compulsão ajudou o paciente a esquecer suas preocupações enquanto ele estava desempregado por um longo período de tempo.

"Sempre que sua família o pressionava para conseguir um emprego, ou quando via seus amigos indo bem, ele assistia aos programas oferecidos no Netflix continuamente. Foi um método de escapismo. Ele podia esquecer seus problemas, e ele obteve imenso prazer com isso", informou o médico ao jornal The Hindu.

A SHUT foi lançada em 2014 como a primeira clínica da Índia dedicada ao tratamento da dependência de tecnologia. O vício no Netflix, porém, não está no DSM-5, documento da Sociedade Americana de Psiquiatria (APA), que reúne os transtornos mentais reconhecidos e serve de parâmetro para o mundo todo.