Gabinete: Fabiano Ferraz reforça apoio a João Campos e repercute racha entre Raul e Jarbas
Vereador é novo convidado em episódio que vai ao ar nesta segunda-feira (9)
junho 9, 2025 - 5:00 pm

O vereador Fabiano Ferraz, do MDB-PE, é o novo convidado do programa Gabinete, apresentado pela jornalista Thabata Alves. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá
O vereador do Recife Fabiano Ferraz, do MDB, é o novo convidado do programa Gabinete, apresentado pela editora de política do LeiaJá, Thabata Alves. No episódio inédito, que já está no ar, o parlamentar repercute diferentes assuntos da política pernambucana, como as movimentações para as eleições de 2026, a integração do MDB à base do prefeito João Campos (PSB) e também o racha interno no MDB, que culminou em uma disputa pública entre Raul Henry e Jarbas Filho.
Presidente da Comissão de Acessibilidade e autor do requerimento que sugere a alteração no regulamento da Guarda Municipal, o vereador também abordou os temas da segurança pública e o armamento da guarda da cidade.
“Polícia Municipal”
Fabiano Ferraz é o autor do requerimento nº 1001/2025, que tem como objetivo a alteração da nomenclatura da Guarda Civil Municipal do Recife para Polícia Municipal do Recife. A sugestão, direcionada ao prefeito João Campos, considera que é constitucional a criação de leis pelos municípios para que guardas municipais atuem em ações de segurança urbana.
“Temos o projeto que quer transformar a guarda municipal em polícia municipal. O prefeito fez o compromisso, então, logo a guarda municipal será armada de forma gradativa. É obrigação do estado [capacitar], mas o município pode e deve contribuir. João Campos entendeu a necessidade de armar, se comprometeu na campanha e logo vai estar capacitando. É algo de uma responsabilidade muito grande. Tem que ser feita uma capacitação rígida, um psicotécnico rígido, tem que haver a corregedoria, ouvidoria, um conjunto de coisas”, elucida Ferraz.
O armamento da guarda e a mudança de nomenclatura, na perspectiva do legislador, servirão para desfazer parte da sobrecarga que existe, hoje, sobre as forças de segurança da Secretaria de Defesa Social (SDS).
“A demanda é muito grande e eu costumo dizer que tem bandido para todo mundo. Tem bandido para a Polícia Militar, a guarda, para a Polícia Civil, e a gente precisa de homens treinados. Treinada, a guarda vai se deparar com a ocorrência e terá condições de conter o elemento e de conduzi-lo à delegacia. São muitos crimes, até de menor potencial ofensivo, que passarão por uma oxigenada e deixarão a polícia mais livre para os crimes de maior potencial ofensivo”, continua o vereador.
Racha no MDB e 2026
Fabiano Ferraz garante: em 2026, será um “soldado” nas eleições. O parlamentar garante que seguirá na Câmara, cumprindo seu segundo mandato e prestando apoio aos aliados. E como aliados, lista: “meu primo, que já é deputado, Fabrício Ferraz, meu deputado federal, Felipe Carreras, e João Campos”. “Vou permanecer na Câmara. Fui eleito pelo povo para representá-los na Câmara, tenho um compromisso e ele será honrado do início ao fim”, acrescenta.
“João é um jovem de quem, no início, muita gente duvidou. Ele veio e mostrou a que veio. João tem mostrado muita habilidade nas costuras, conversas e diálogos, e tenho certeza que ele vai surpreender mais e mais. Tenho certeza que ele está preparado e quer a disputa de 2026”, pontua.
Perguntado sobre o racha no MDB, Ferraz diz que acredita no poder do diálogo para solucionar o mal estar entre Raul Henry e Jarbas Filho. Em maio, Raul foi reeleito presidente da legenda após uma disputa intensa e marcada por troca de farpas contra o deputado. Em sua campanha, Henry também cravou o apoio à pré-candidatura de João Campos ao Governo de Pernambuco, no próximo ano.
“É um momento de desmontar os palanques, de haver o diálogo. Nada melhor que o diálogo para aparar qualquer aresta que, por ventura, tenha ficado, e a gente construir algo para a frente. Como diz João Campos, a gente não pode criar muros, mas criar pontes. Na política, sem diálogo, a gente não vai a lugar nenhum”, diz Fabiano.
E conclui: “O tempo se encarrega [de resolver]. Ainda não é o momento, mas em breve eles [Jarbas e Raul] sentarão e dialogarão. O vínculo existente entre os atores é muito grande e a gente não pode, agora, em tão pouco tempo, deixar a coisa se desmanchar como um Sonrisal”.