Justiça Eleitoral começa a julgar cassação de Sergio Moro

O senador Sérgio Moro. Foto: Pedro França/Agência Senado

Nesta segunda-feira (1), o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) começa a julgar o processo de cassação do senador Sérgio Moro (União Brasil). O parlamentar é acusado de abuso de poder econômico e dos meios de comunicação social, uso de caixa dois, além de infrações às normas de arrecadação e gastos eleitorais durante a pré-campanha eleitoral de 2022.

Parlamentares e lideranças de partidos de diferentes espectros políticos avaliam que uma possível cassação de Moro abriria caminho para outros casos que poderiam levar à prisão do ex-juiz. Informações apuradas pelos jornalistas Andréia Sadi e Reynaldo Turollo Jr dão conta de que, em caso de eventual recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), outros políticos dão a cassação do ex-juiz como certa.

Cassação

Para eles, sem mandato, a vida de Moro ficaria ainda mais complicada. O senador também é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apura se houve crimes na gestão de recursos da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Caso a Justiça Eleitoral casse o mandato do senador, essa apuração deve ganhar força.

A previsão é a de que o caso chegue ao plenário do CNJ em abril. Atualmente, tanto PL quanto PT, que ocupam lados opostos no cenário político nacional, pedem a cassação de Moro. Cientes de que pode haver uma nova eleição para a vaga, ambas as legendas desejam sua cadeira no Senado. Enquanto o PL deseja indicar Paulo Martins, suplente do ex-juiz, o PT avalia os nomes de Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu.