“Não podemos dar uma de Bambam”, alerta Alexandre de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou a luta entre Kleber Bambam e Popó para defender a preservação da democracia.
fevereiro 27, 2024 - 10:16 am

O ministro Alexandre de Moraes falou sobre a atitude de Bambam. Foto: José Cruz/Agência Brasil
O professor e ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou a luta entre Kleber Bambam e Popó para defender a importância de “não baixar a guarda” para as tentativas de ataque à democracia. A fala ocorreu nessa segunda (26), durante a palestra de abertura do ano letivo da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP).
“Nós não podemos nos enganar. Nós não podemos baixar a guarda. Não podemos dar uma de Bambam contra Popó, que durou 36 segundos, nós temos que ficar alertas e fortalecer a democracia, fortalecer as instituições e regulamentar o que precisa ser regulamentado”, discursou aos alunos Alexandre de Moraes.
LeiaJá também: As decisões de Alexandre de Moraes que marcaram 2023
Atividade extremista
Alexandre de Moraes é o relator do inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e militares suspeitos de articular uma tentativa de golpe de Estado.
Nesse sentido, ele também comentou sobre a metodologia de grupos extremistas para se manter no poder e considerou que a prática de atacar à imprensa e ao Judiciário se repete pelo mundo.
“Em alguns países, os extremistas, quando chegam ao poder, atacam os pilares da democracia […] emparelhando as notícias verdadeiras com as fraudulentas, colocam em dúvida a credibilidade do sistema eleitoral e, agora, não podem deixar aqueles que têm o papel de garantir o Estado democrático de Direito, não podem deixar que eles tenham independência. Isso foi feito em todos os países onde esse mecanismo de extremismo surgiu”, disse o magistrado.
Além disso, Moraes ainda defendeu a regulamentação das redes sociais e a responsabilização de empresas por monetizar discursos de ódio. Ele chegou a advertir que a sociedade não pode cair no “discurso fácil” de que regulamentar as plataformas significa atacar a liberdade de expressão.