‘Mulheres unidas contra Bolsonaro’ ganha força na internet

Grupo criado no Facebook já tem mais de 1 milhão de adeptas

Se por um lado o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), lidera as pesquisas de intenções de voto, por outro ele também tem enfrentado uma grande rejeição. Um dos grupos da sociedade que mais resiste ao deputado federal carioca é o de mulheres. Elas, inclusive, levaram a repulsão ao postulante para as redes sociais. Um grupo no Facebook já reúne mais de 1 milhão de usuárias sob a bandeira de “Mulheres unidas contra Bolsonaro”. 

No ar há pouco mais de 10 dias, a comunidade dentro da plataforma é administrada por nove pessoas e tem 50 moderadoras que incentivam o debate e mobilizações contra a ascensão eleitoral de Bolsonaro. Nas regras de convivência entre elas, não é permitida a participação de homens e mulheres que sejam eleitores do deputado e a adoção de discurso de ódio político.

Apontando que o grupo é contra “o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores”, a descrição da iniciativa ressalta a força da unidade feminina. 

“Acreditamos que este cenário que em princípio nos atormenta pelas ameaças as nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força. O reconhecimento da força da união de nós mulheres pode direcionar o futuro deste país!”, declara o texto.  

Além de diálogos sobre melhores opções de candidaturas presidenciais, desabafos sobre atos de machismo e repressões sofridas por adeptos a Bolsonaro, o grupo também está sendo utilizado para o incentivo a mobilizações e atos contra o candidato. Por exemplo, já há algumas marcadas para acontecer no dia 29 de setembro no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.