Operação da PF desarticula esquema de fraudes previdenciárias que faturou R$ 945 milhões; servidor do INSS é afastado

Mandado de busca foi cumprido na casa de um servidor do INSS, em Garanhuns, no Agreste pernambucano, mas esquema deixou vítimas em todo o país

Operação da PF desarticula esquema de fraudes previdenciárias que faturou R$ 945 milhões; servidor do INSS é afastado

Polícia Federal (PF) cumpre mandado de busca e apreensão em endereço de servidor do INSS suspeito de liderar esquema de fraudes. Foto: Divulgação

A Operação “Unblock” da Polícia Federal (PF) desarticulou, nessa quarta-feira (12), um esquema de fraudes previdenciárias que faturou, aproximadamente, R$ 945 milhões, com a aplicação de golpes em contribuintes. As equipes cumpriram um mandado de busca e apreensão na cidade de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, para investigar o endereço de um servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que participava do esquema. Segundo a PF, as fraudes deixaram vítimas nos 26 estados brasileiros e também no Distrito Federal.

A deflagração aconteceu por meio da Delegacia da PF em Caruaru, também no Agreste do estado. O núcleo contou com o apoio da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária (CGINP). Durante as buscas, a Polícia Federal apreendeu um notebook, um celular e uma pistola calibre 9mm. A apreensão da pistola, de acordo com a polícia, deve gerar a abertura de um novo inquérito policial, por posse ilegal de arma de fogo.

O levantamento investigativo mostrou que o servidor atuava no órgão desde meados de 2022. Ele teria efetivado o desbloqueio de cerca de 70 mil benefícios, distribuídos em todos os estados do país. O valor em empréstimos consignados liberados com a atuação do servidor no desbloqueio dos benefícios é estimado em R$ 945 milhões, que podem ter sido emitidos com ou sem o conhecimento do beneficiário.

Após a representação da PF, a Justiça Federal determinou o afastamento cautelar do servidor público de seu cargo no INSS. O suspeito poderá responder por inserção de dados falsos em sistema de informações e por corrupção. Juntas, as penas podem passar de 24 anos de reclusão.