Construção da Escola de Sargentos do Exército deve começar no segundo semestre de 2025
Em visita a Pernambuco, o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Richard Fernandez Nunes, garantiu que a escola será um modelo de sustentabilidade
fevereiro 4, 2025 - 12:52 pm

O Chefe do Estado-Maior do Exército, general Richard Fernandez Nunes. Foto: Victor Gouveia/LeiaJá
Com um espaço de 94 hectares dentro da Área de Preservação Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, a Escola de Sargentos do Exército (ESE) atravessou a crítica de ambientalistas e deve começar a ser construída até o fim de 2025.
Em visita a Pernambuco, nesta terça-feira (4), o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Richard Fernandez Nunes, garantiu que a supressão da área verde não vai impedir que o empreendimento seja um modelo de sustentabilidade.
“Nós temos toda uma preocupação de fazer desse empreendimento um modelo de manejo de ambiental”, assegurou o general Richard.
O início das obras depende da conclusão do planejamento de manejo florestal da área. A expectativa é que o projeto seja entregue ainda neste ano e, em seguida, iniciem as obras de terraplanagem.
“Estamos em uma fase de dar início à toda infraestrutura. A parte de preparação do terreno. É um empreendimento de vulto, de custo elevado. Há temas que precisam ser alinhados em todos os níveis para que a gente possa prosseguir com o planejamento que está sendo executado”, avaliou.
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Compromisso ambiental
A pressão para impedir a construção da escola e o consequente desflorestamento de uma área equivalente a 200 campos de futebol foi rechaçada pelo ministro ministro da Defesa, José Múcio.
Na vinda ao Comando Militar do Nordeste, em abril do ano passado, Múcio apontou que a decisão sobre a Escola de Sargentos do Exército em Pernambuco era “irreversível”.
O Chefe do Estado-Maior do Exército lembrou que o projeto já sofreu alterações para mitigar os danos ambientais na região. Ainda assim, o general indicou novos estudos para garantir menos perdas ao Meio Ambiente.
“Estudos ainda vão ocorrer, mas nós já fizemos isso. O projeto já foi alterado em função das demandas ambientais. Nós temos todo um compromisso de fazer as contrapartidas ambientais. Então, nós estamos totalmente disponíveis e flexíveis para fazer o que for melhor para que a gente tenha uma escola que seja um modelo de sustentabilidade”, complementou o Chefe do Estado-Maior do Exército.