Sobe para 67 o número de pacientes com lesão ocular provocada por armas de gel

As lesões variam entre arranhões na córnea, inflamações e sangramentos, e podem evoluir para complicações graves

Sobe para 67 o número de pacientes com lesão ocular provocada por armas de gel

Foto: Reprodução

A Fundação Altino Ventura (FAV) emitiu novo balanço de atendimentos relacionados a lesões oculares causadas por armas que utilizam bolinhas de gel. Entre 30 de novembro e 11 de dezembro, a instituição já registrou 67 casos de emergência.

As lesões variam entre arranhões na córnea, inflamações e sangramentos, e podem evoluir para complicações graves dependendo da intensidade do impacto.

As armas de gel, conhecidas por disparar projéteis de polímero, se tornaram uma febre na Região Metropolitana do Recife.

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Proibição

No Recife, a vereadora Liana Cirne (PT) apresentou um Projeto de Lei (PL) que visa proibir o uso e porte de armas de gel em escolas públicas e privadas da cidade.

A proposta inclui também a realização de campanhas educativas para conscientizar alunos, pais e responsáveis sobre os riscos associados a esses dispositivos, que podem comprometer a segurança e gerar acidentes graves.

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Olinda

Em Olinda, um decreto assinado pelo prefeito Professor Lupércio (PSD) proibiu o uso e comercialização de armas em gel. Os objetos foram considerados nocivos, sobretudo ao público formado por crianças e adolescentes.

Paulista

O prefeito de Paulista, Yves Ribeiro (PT) sancionou o texto da lei nº 145/2024, que proíbe a fabricação, distribuição e comercialização de armas de gel. O texto é de autoria do vereador Eudes Farias (MDB), e teve aprovação por unanimidade na Câmara de Vereadores.

Armas de gel são caso de polícia?

Na última segunda-feira (12), a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) cobrou atenção dos pais para frear o fenômeno no Grande Recife. O Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODS) destacou as consequências legais para os envolvidos e para os pais de menores que participam na ‘brincadeira’.

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A expectativa das forças de segurança é por uma lei da Assembleia Legislativa (Alepe) para coibir a comercialização desses dispositivos. Um projeto de lei de autoria do deputado Romero Albuquerque visa controlar o uso das armas de gel, mas, enquanto ainda não há votação e sanção, a SDS-PE aposta em orientação pedagógica.