Criança de 1 ano e 2 meses é agredida dentro de berçário de colégio particular no Recife

O CFC Baby afirma que a vítima foi ferida por outra criança, de dois anos, na última quarta-feira (25)

Criança de 1 ano e 2 meses é agredida dentro de berçário de colégio particular no Recife

Foto: Reprodução/Google Street View

Uma criança de um ano e dois meses foi agredida dentro do berçário do Colégio Fazer Crescer, localizado no bairro do Rosarinho, na Zona Norte do Recife, na última quarta-feira (25). Por meio de nota, o CFC Baby afirma que a vítima foi ferida por outra criança, de dois anos. A Polícia Civil investiga o caso.

De acordo com o comunicado da instituição, diante do ocorrido, o qual chamaram de “incidente”, a equipe “envidou todos os esforços para remediar a situação, dando afeto e cuidado às crianças e, ao mesmo tempo, apoio às famílias”. Ainda segundo o CFC Baby, a criança de um ano e dois meses sofreu mordidas e arranhões.

Confira a nota completa:

“Deixei minha filha no Colégio às 7h em perfeito estado”

Em uma carta aberta enviada aos pais e CFC Baby, a mãe da criança agredida relatou o que aconteceu. Segundo o texto, que circula no WhatsApp, ela conta que deixou a filha às 7h “em perfeito estado, sem nenhum arranhão, sob os cuidados do CFC Baby, e fui trabalhar, como de costume”.

No relato, ela afirma que, devido a uma reunião no trabalho, não pôde buscar a filha. “Pedi para que a babá dela junto com o motorista pegasse minha filha no colégio, que logo após as encontraria em casa. Quando a babá da minha filha chegou ao colégio, a supervisora informou que não iria entregar minha filha a ela, que só o faria a mãe”.

A recusa da instituição causou estranheza, já que a babá era autorizada a buscar a criança de um ano e dois meses. “Apenas nesse momento, após a babá da minha filha ser negada de pegá-la no colégio, a supervisora Patrícia me ligou informando que minha filha tinha tido um “probleminha” durante a soneca, mas que ela estava bem, porém, eu teria que ir lá pessoalmente para conversar”.

E complementa: “Nesse exato momento, meu mundo desabou. Inúmeras suposições, questionamentos, que tipo de “probleminha” minha filha poderia ter tido? Por que não entregaram minha filha à babá se teria sido um “probleminha”? Por que não me contaram o que de fato aconteceu antes de eu chegar até lá?”

A mãe da vítima ressalta que cinco pessoas estavam a sua espera, mas, em um primeiro momento, não viu a filha. Em seguida, a criança é dada a mãe. Segundo ela, a criança estava com “o rosto todo machucado, roxo, escoriado, com pontos avermelhados de sangue”.

“Nesse momento, me contaram que ela estava dormindo com uma outra criança, no mesmo ambiente, e a berçarista esqueceu de ligar a babá eletrônica, deixando as duas crianças sozinhas nesse ambiente, sem qualquer vigilância de um adulto. Que essa criança tinha acordado e agredido minha filha. Eu não sabia o que fazer, só chorava desesperadamente e acalentava minha filha em meus braços!”

No texto, a mãe expõe que questionou a conduta do CFC Baby e ressalta a gravidade da “agressão”. “O sentimento de impotência, a culpa de não poder ter a protegido, de a ter livrado dessa agressão. Sim, uma agressão! Minha filha está com múltiplas lesões nas bochechas, olho, cabeça, queixo, boca, mãos, joelho”.

E finaliza: “Continuo rezando para que ela jamais lembre do que vivenciou. Que sirva de alerta para outros pais, para que esse episódio de terror não se repita, e que nenhuma outra criança passe pelo que minha filha passou.” 

Polícia Civil investiga o caso

O LeiaJá entrou em contato com a Polícia Civil. Por meio de nota, a corporação confirmou o ocorrido, registrado por meio da Delegacia de Crimes Contra Criança e Adolescente. “As investigações foram iniciadas e seguem em andamento até a completa elucidação do caso”.