Creme ou spray: qual o melhor repelente contra a dengue?
A variedade de repelentes disponíveis no mercado ainda deixa muitos consumidores confusos na hora da compra.
fevereiro 29, 2024 - 12:23 pm

Foto: Juca Varella/Agência Brasil
A variedade de repelentes disponíveis no mercado ainda deixa muitos consumidores confusos na hora da compra. Oferecido em diversas apresentações e substâncias, o produto é a principal barreira para reverter o surto de dengue causado pelo mosquito Aedes aegypti.
A escolha começa entre as versões creme e spray. O Biomédico e doutor em Ciências Farmacêuticas, Antônio Neto, explicou que a decisão depende da área do corpo que vai receber o produto.
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“Se for para pernas e braços é melhor o spray. Agora, se for para o rosto é melhor o creme. Se a pessoa sua bastante, o spray tende a sair mais rápido do corpo. Nesse caso, seria melhor o creme mesmo para braços e pernas”, indicou Antônio.

Rosto protegido
A proteção do rosto requer um cuidado especial. É preciso observar na embalagem se o repelente é específico ou indicado para essa finalidade.
“Existem alguns repelentes próprios para o rosto, normalmente na forma de cremes ou de loções. Repelentes na forma de spray são desaconselháveis”, alertou especialista.
Repelente e protetor solar
Dá para se manter protegido contra o Aedes aegypt mesmo com o uso de protetor solar. A recomendação é aplicar primeiro o protetor e depois o repelente.
“Se aplicar primeiro o repelente e depois o protetor, o protetor vai dificultar a ação do repelente”, esclareceu o biomédico.
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Uma das dúvidas mais frequentes está relacionada à diferença entre a indicação por idade e para gestantes. Antônio Neto explicou que a distinção está na concentração dos princípios ativos e na quantidade de vezes que o produto pode ser aplicado durante o dia.
“O efeito de repelentes à base de DEET dura de 2-6 horas. Já os à base de Icardina (ou Picaridina) dura de 5-10 horas. Os de IR3535 (ou EBAAP) duram cerca de 4 horas”, informou Antônio.

Atenção aos cuidados com o repelente kids
Para crianças, a reaplicação e a concentração são menores. “A maioria dos repelentes possuem versões kids com concentrações menores dos princípios ativos. Não se deve aplicar um repelente adulto em crianças, principalmente abaixo dos dois anos. Após o banho e com a pele bem seca, pode-se aplicar novamente o repelente”, orientou.
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“Crianças com menos de seis meses só se pode aplicar uma vez ao dia. Acima dessa idade e até dois anos precisa consultar o pediatra para ver a possibilidade de aplicação de mais de uma vez ao dia. Para crianças a partir de dois anos, pode-se aplicar duas vezes ao dia. Gestantes também podem usar duas vezes”, acrescentou o especialista.