Vizinhos do desabamento estão com medo de novas tragédias

Prédios da região têm estruturas parecidas com a do edifício Leme

Vizinhos do desabamento estão com medo de novas tragédias

Em entrevista ao LeiaJá, moradores de edifícios com estruturas parecidas com o que desabou na madrugada desta sexta-feira (28), em Jardim Atlântico, Olinda, informaram que estão com medo de continuar em suas residências. Eles, porém, não têm condições financeiras para deixarem os imóveis.

Uma mulher, que não quis ser identificada, moradora do edifício Rinaldo Maia Júnior, a 100 metros do local onde aconteceu a tragédia, disse que o sentimento é de medo. “Moro em um prédio que também é condenado, por isso, depois da tragédia, estou mais na rua do que dentro do prédio. Estamos todos com medo”, afirmou.

Ela também informou que a prefeitura de Olinda condenou sua residência no mesmo período em que o edifício Leme foi notificado. Ela ressaltou que “não tem para onde ir”, por isso ainda não abandonou o local.

A enfermeira Mariana Azeredo, 48 anos, que também mora na rua Acapulco, disse que já entrou no edifício Leme e os moradores reclamavam da estrutura do local. “No prédio existia uma rachadura de quatro dedos, que entrava uma mão. Quando chovia, o edifício balançava bastante. Porém as pessoas humildes não tinham para onde ir, por isso se arriscavam”, disse.

Até o momento, as equipes do Corpo de Bombeiros já confirmaram três mortes em decorrência do desabamento. As vítimas são uma mulher de 52 anos, identificada como Maria José Barbosa da Silva, um adolescente de 13 anos, Heverton Benedito dos Santos, e um homem de 31, chamado Rodolfo Henrique Pereira da Silva.