EUA acusará ex-piloto da Boeing por acidentes do 737 MAX

Informação foi divulgada pelo Wall Street Journal

Promotores americanos se preparam para indiciar um ex-piloto de testes da Boeing suspeito de enganar os reguladores aéreos sobre os problemas de segurança atribuídos a dois mortais acidentes de aeronaves 737 MAX – informou o Wall Street Journal na quinta-feira (16).

Mark Forkner foi o principal contato da Boeing com a Administração de Aviação Federal americana sobre como os pilotos deveriam ser treinados para pilotar esses aviões, de acordo com o jornal.

Documentos publicados no início de 2020 revelam que Forkner ocultou dos reguladores detalhes sobre as deficiências no sistema de controle de voo do avião, conhecido como MCAS. As falhas neste mecanismo são atribuídas como causa de ambos os acidentes.

O 737 MAX foi oficialmente certificado em março de 2017. Ficou 20 meses sem voar depois dos acidentes em outubro de 2018 e em março de 2019, que deixaram 346 mortos.

O MAX pôde voltar a voar no final de 2020, quando o programa MCAS foi modificado.

Gigante americana da aviação, a Boeing concordou em pagar US$ 2,5 bilhões em multas para liquidar uma acusação criminal por, supostamente, ter enganado os reguladores que inspecionaram o 737 MAX.

A AFP não conseguiu retorno do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, nem do advogado de Forkner sobre o caso.

O Wall Street Journal disse que não está claro quais são as acusações que Forkner enfrentará.