Felipe Costta lança seu terceiro disco com show em Olinda
Cantor lançou nas plataformas o projeto ‘Mistério de uma Noite de Forró’
junho 9, 2025 - 5:50 pm

Felipe Costta. Foto: Lucas Dantas
O sanfoneiro, cantor e compositor Felipe Costta entrou com o pé direito no ciclo junino de 2025. O artista lançou seu terceiro disco, Mistério de uma Noite de Forró, em todas plataformas digitais na última sexta-feira (6), e no próximo sábado (14), realiza o show de lançamento da obra às 20h, no Alma Arte Café, em Olinda.
No novo álbum, Felipe entoa uma narrativa reflexiva sobre as múltiplas possibilidades e acontecimentos que atravessam uma noite de forró – a música, a dança, o romantismo, o poder dos encontros e a força do acaso. “Tem muita vida acontecendo ao mesmo tempo em uma noite de forró – tem gente querendo se apaixonar, tem gente sofrendo, tem gente que está ali porque ama dançar, tem músicos sonhando em viver da sua arte, outras pessoas tiram o seu sustento dali… É essa diversidade humana que torna uma noite de forró tão especial”, conceitua o músico.
Ao todo, são 9 canções, sendo 7 de autoria do artista, uma em parceria com a cantora Bella Raiane e uma regravação da canção Ciclone, de PC Silva. Segundo ele, o repertório reflete seu desejo de cantar uma poesia para o povo. “Com esse trabalho, busco a alegria, o romantismo e a energia frenética própria do forró sem ‘arrodeios’, trazendo a poesia que me conecta com minha gente”, conta ele.
“Toda beleza pede licença pra entrar / e a lua cheia alumiando esse lugar / é o movimento mais sincero do mistério que uma noite de forró te dá”, canta Felipe na faixa que dá título ao álbum. Em Eu te quero, o artista evoca a paquera com o tempero próprio do Nordeste: “Já faz um tempo que eu tô com uma vontade de dizer te amo / eu te paquero, eu te quero e te espero já faz mais de ano”. Já em Carroça do Sonho, ele reflete sobre a sede por se realizar como artista, bem como sobre os movimentos da vida, origem e pertencimento: “Lá onde eu moro tem a carroça de buscar um sonho / (…) / Muitos lhe veem como objeto de passar o tempo / E há quem segure nela com sua vida”.
O sanfoneiro que já produziu artistas de forró da cena pernambucana como Laís Senna, Carlos Filho e Sarah Leandro, conta que buscou inovar na direção musical de seu novo álbum. Ao mesmo tempo em que evidencia a sonoridade tradicional do forró nordestino, traz referências do Reggae, do Pop Nacional e Internacional, Rock e Jazz para os arranjos, com o uso de distorções, elementos experimentais e efeitos sintetizantes e de ambiência, propondo um forró contemporâneo, mas, ainda assim, sintonizado com a tradição.
Em Mistério de uma Noite de Forró, por exemplo, Felipe cita tanto a canção Pau nas coisas de Assisão, como faz referência à lambada e à melodia de La Isla Bonita, de Madonna, que ele conheceu como Dance Comigo essa Noite, versão da banda Forró Tropicália. “Eu sou de Umbuzeiro, interior da Paraíba, e cresci ouvindo músicas internacionais em versões de forró, antes mesmo de conhecer as originais. Aquilo ali tocava no meu peito e ficava, porque era bem feito, bem tocado e arranjado, era fiel ao sentimento que existia nas originais. Meu total respeito aos músicos da época!”, explica o artista sobre suas inspirações.
Na canção Nessa noite massa, Felipe traz a influência do Reggae, com sanfona distorcida, reverbs e efeitos guitarrísticos. Na versão baião de Ciclone, o arranjo é protagonizado pela zabumba e pelo pandeiro, trazendo uma percussividade intensa. Já nas canções Reverso Big Bang e Triângulo das Bermudas, o artista brinca com teorias da conspiração e fatos misteriosos através do forró.
Entre as participações especiais do álbum estão José Demóstenes, Carlos Filho e Sarah Leandro, que fazem backing vocal em várias músicas e participam como feat na faixa Carroça do Sonho; Bella Raiane, que faz duo com o cantor na música que compuseram juntos, o xote dengoso Bem mais de mim; além de outros músicos convidados, como Júnior Teles (pandeiro), Fred Andrade (guitarra) e César Michiles (flauta transversa). A participação que encerra o disco é da cantora Heloísa, filha de Felipe, de apenas 10 anos de idade, fazendo vocais em Triângulo das Bermudas.
A obra conta ainda com grandes profissionais na equipe técnica: Heverton Alves (contrabaixo), Waleson Queiros (guitarra), Feeh Silva (zabumba), Elton Moraes (triângulo), Pedro Simões (pandeiro/reco/ganzá), Kleber Rafael (guitarra) e Zé Rodrigues (zabumba/triângulo) na faixa Ciclone; Miguel Santanna (assistente técnico), Marco Mello (Captaçǎo de Áudio), Vinícius Aquino (Mixagem), Júnior Evangelista (Masterização), além do próprio Felipe Costta na sanfona e nos vocais.
*Da assessoria