Quadrilha junina vira manifestação da cultura nacional

Foto: Cortesia/Rachel Andrade

O presidente Lula (PT) sancionou, na última sexta-feira (21), o projeto de lei que transforma quadrilha junina em uma manifestação da cultura nacional. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (24), que confirma a Lei nº 14.900, de 21 de junho de 2024, com a assinatura da ministra da Cultura, Margareth Menezes.

O texto altera a lei nº 14.555, de 25 de abril de 2023, que determinava apenas as festas juninas como manifestação da cultura nacional. A mudança, portanto, inclui a quadrilha junina na conta. A lista já contava com o forró, escolas de samba, festas juninas e música gospel. n

Quadrilha junina

As raízes das quadrilhas juninas estão nas danças de salão europeias, que chegaram ao Brasil pela corte portuguesa no início do século 19. A “quadrille” surgiu em Paris, no século 18, como dança de salão composta por quatro casais. A dança pertencia à elite europeia, então veio para o Brasil durante o período da Regência, por volta de 1830, onde tornou-se febre no ambiente aristocrático.

A partir da corte carioca, portanto, a quadrilha foi ganhando espaço junto ao povo e passou a incorporar elementos culturais, religiosos e folclóricos nacionais. Nesse processo de adaptação, ampliou o número de pares dançantes e abandonou os passos e ritmos franceses. Assim, ao longo do tempo, as músicas e o casamento caipira, que antecedem a dança, foram sendo incorporadas.

As quadrilhas cresceram e passaram a adquirir importância social, econômica e turística para várias cidades brasileiras, principalmente as nordestinas. Este ano, em 13 de junho, em Campina Grande, na Paraíba, cidade famosa por promover um dos maiores São João do Brasil, foi estabelecido, mais uma vez, o recorde da maior quadrilha junina do país. A dança reuniu 1.280 pares e sacramentou o 10º título consecutivo de maior quadrilha junina brasileira.

Com informações do Ministério da Cultura.