Jornalista
Está chegando a hora e em uma corrida presidencial sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 4 candidatos disputariam uma vaga no 2º turno contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). O ex-capitão do Exército pontua de 20% a 20,9% a depender da combinação de cenários. O 2º lugar fica embolado entre Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Mesmo condenado em 2ª Instância a 12 anos e 1 mês de prisão, Lula mantém vantagem sobre os demais demais candidatos. De acordo com a pesquisa, o petista tem até 33,4% das intenções de voto. No último levantamento, esse índice chegou a 41,8%.
Números
Os dados são da pesquisa CNT/MDA (íntegra) e foram divulgados nesta 3ª feira (6.mar.2018). Foram ouvidas 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades federativas entre os dias 28 de fevereiro e 4 de março. A margem de erro da pesquisa é de 2.2 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE sob o código BR-06600/2018.
Números da pesquisa
18.6, Lula (PT)12.3, Jair Bolsonaro (PSL) 1.70Ciro Gomes (PDT),1.40 Geraldo Alckmin (PSDB),1.20 Álvaro Dias (Podemos) ,1.20 Marina Silva (Rede), 0.4 Michel Temer (MDB) 3.1Outros, 20.40 Branco/Nulo 39.7
Mais pesquisa
O campo da mais recente pesquisa CNT/MDA foi feito quase um mês e meio após a decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) que condenou o ex-presidente Lula a 12 anos de prisão. Divulgado anteontem ele mede com mais precisão os efeitos eleitorais dessa decisão, porque houve tempo para que um número maior de entrevistados tomasse conhecimento dela e de suas repercussões.
Lula sempre larga na frente
A manutenção da liderança de Lula em todos os cenários de primeiro e segundo turno confirma a capacidade de resistência do petista ao bombardeio da Lava Jato.
E agora ??
Não faz sentido o PT partir para plano B agora por razões jurídicas, que dizem mais respeito à batalha pessoal de Lula, mas também por motivos eleitorais, que têm mais a ver com os interesses do partido nas disputas para governos dos Estados e as casas legislativas federais e estaduais.
Justiça
Do ponto de vista jurídico, Lula ainda tem caminhos a percorrer no STF (Supremo Tribunal Federal) e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Trabalhar a favor de plano B agora seria admissão de derrota antecipada e fora de hora.
A força dos militares
O general Walter Braga disse em entrevista exclusiva à TV Globo que o Exército entra em qualquer local do estado. "Não existe território que a polícia não entre. Se houver o mandado e a polícia desejar entrar, ela pode entrar com maior dificuldade ou menor dificuldade. Quando ela pede nosso apoio, nós entramos em qualquer lugar do estado", afirmou.
A esperança de Humberto Costa
Um dia depois da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de negar um habeas corpus preventivo impetrado pela defesa de Lula, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), afirmou que a esperança, agora, é de que o Supremo Tribunal Federal (STF), como guardião da Constituição, "tenha a coragem de corrigir essa inominável injustiça e restabelecer os direitos e garantias fundamentais violados no curso desse processo”.
Armando e as mulheres
O senador Armando Monteiro (PTB-PE) criticou, hoje, a pouca participação das mulheres na política brasileira. Em discurso no plenário do Senado sobre o Dia Internacional da Mulher, comemorado amanhã, o petebista citou estudo recente que coloca o Brasil na 115ª posição, num ranking de 138 países, em participação feminina na política.
Reconhecimento
Apesar de reconhecer a evolução da presença feminina no Congresso Nacional, Armando enfatizou que o espaço delas na política está longe do ideal. “A posição brasileira na pesquisa nos dá a dimensão de como é crítica a situação ainda nos dias atuais”, pontuou o senador, lembrando que a representação das mulheres na Câmara dos Deputados e no Senado é de 10% dos assentos.
A fala
“Há, evidentemente, uma grande desproporcionalidade, pois 10% está muito longe de representar o contingente das mulheres na população brasileira, de 52%”, destacou. Para o senador pernambucano, a participação feminina na política merece ser debatida e ampliada. “Os símbolos da causa feminina têm um papel de transformação da sociedade”, sublinhou.