Professores da Rede Municipal do Recife iniciam greve

O Simpere ainda realizou uma caminhada ao longo da Avenida Agamenon Magalhães

Professores da Rede Municipal do Recife iniciam greve

Professores da Rede Municipal de Ensino do Recife decidiram iniciar a greve. Foto: Weslly Gomes/LeiaJá

Após assembleia realizada nesta sexta-feira (9), no Clube Português, no bairro das Graças, os professores da Rede Municipal de Ensino do Recife decidiram iniciar a greve. A paralisação já estava decretada desde a última terça-feira (6).

Anna Davi, coordenadora do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE), comentou a decisão da categoria. “Vamos conversar com a Câmara de Vereadores e organizar passeatas para denunciar à sociedade que o piso é lei, é um direito, e João Campos não está cumprindo”, declarou.

Ela ressaltou que a gestão municipal propôs uma mesa de negociações para a próxima terça-feira (13): “Eles alegaram que, caso a greve seja deflagrada, a mesa será suspensa”. Durante a assembleia, professores gritaram palavras de ordem como “Professores na rua, João, a culpa é sua”. A categoria já está mobilizada e deve seguir em passeata até a avenida Agamenon Magalhães.

Garantias legais e críticas às negociações

Questionada sobre respaldo jurídico aos profissionais que aderirem à greve, Jaqueline Dornelas, também da coordenação do SIMPERE, foi enfática: “Nossa luta é pelo cumprimento do piso nacional, que é lei, e pela valorização da carreira. As negociações foram frustrantes. O governo João Campos optou por manter o arrocho salarial”.

Ela detalhou que a única proposta concreta do município foi o acréscimo de carga horária, sem avanços em outras demandas: “O cumprimento da lei da aula atividade não avançou. A ordem do prefeito é não oferecer mais que 2,45% de reajuste e ignorar nossas pautas”.

Outras exigências do Simpere:

– Pagamento integral dos 6,27% de reajuste do piso de 2024;
Incorporação do reajuste à carreira, para ativos(as) e aposentados(as);

– Reestruturação dos interstícios;

– Garantia da aula-atividade;

– Acréscimo de carga horária para 2025.