Profissionais de Educação do Recife rejeitam reajuste salarial e ameaçam greve após impasse com Prefeitura

O valor foi considerado insuficiente, diante do piso nacional do magistério

Profissionais de Educação do Recife rejeitam reajuste salarial e ameaçam greve após impasse com Prefeitura

Foto: Filipe Gondim/SIMPERE

Nesta segunda-feira (29), professores e profissionais de educação da rede municipal do Recife rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 1,5% apresentada pela Prefeitura. O valor foi considerado insuficiente, diante do piso nacional do magistério, fixado em 6,27%. Entretanto, em estado de greve desde 10 de abril, a categoria anunciou a possibilidade de paralisação total das atividades, caso não haja avanços na próxima reunião, agendada para 5 de maio.   

Para o SIMPERE, PCR “não prioriza a educação” 

“A nossa categoria não entende como é possível várias cidades da Região Metropolitana estarem priorizando o pagamento do piso, incluindo a gestão estadual, enquanto o Recife segue com esse mau exemplo, ensinando como não gerir uma das principais capitais do país”, disse Jaqueline Dornelas, diretora do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere).

Em assembleia, professores do Recife pode decretar estado de greve caso a gestão municipal não apresente uma proposta de reajuste do piso.
Foto: Elaine Guimarães/LeiaJá

Além da questão salarial, o sindicato dos professores aponta que a Prefeitura não apresentou respostas sobre outras demandas, como o acréscimo da carga horária prevista para 2025 e o cumprimento integral da aula-atividade, direito garantido pela Lei do Piso.

“A demora em nos pagar o que já é garantido por lei prejudica estudantes e toda a comunidade escola”, afirmou Anna Davi, coordenadora do SIMPERE.  “São os trabalhadores do magistério, que veem seus direitos sendo achatados por uma gestão que não prioriza a educação”, acrescentou. 

Próximos passos

A próxima rodada de negociações ocorrerá na segunda-feira (5), na Escola de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, no bairro da Madalena. Caso não haja consenso, a categoria poderá deflagrar greve geral, ampliando o movimento iniciado em abril. Ademais, o impasse coloca em risco o calendário letivo e intensifica a pressão sobre a administração pública.