Colégio particular do Recife pede que alunos usem ‘trajes típicos’ de pessoas negras

Colégio Marista São Luís. Foto: Reprodução/ Google Street View

Uma escola particular do Recife pediu que alunos usassem ‘trajes típicos’ de pessoas negras. A solicitação, via comunicado aos pais e responsáveis, foi para participação em mostra de conhecimento sobre africanidade, prevista para 7 de dezembro no Colégio Marista São Luís, localizado no bairro das Graças, na Zona Norte.

A recomendação sugere peças com estampas étnicas, além de turbantes e tranças nagô por meninas, e pinturas com tinta branca por meninos do 4º ano do ensino fundamental I. Confira a seguir o comunicado enviado:

Por meio de nota, Colégio Marista São Luís ressaltou que solicitação não teve “a intenção de orientar estudantes, educadores ou famílias a realizarem qualquer ação que possa ser considerada racista”. A instituição salienta que se compromete “totalmente com o cumprimento da Lei 10.639, de 2003, oferecendo um currículo integral e integrado que valoriza a identidade negra e promove o combate ao racismo estrutural”.

No comunicado, o colégio explica que a mostra é “uma ação pedagógica e extracurricular que convida os estudantes a pensarem e refletirem sobre a importância da herança africana, que ajudou a moldar a identidade do povo pernambucano por meio de aspectos como a música e a culinária, por exemplo.”

Contudo, a escola diz reconhecer que o comunicado enviado às famílias não transmitiu de forma assertiva o objetivo e amplitude do projeto. “Pedimos nossas sinceras desculpas a todos que potencialmente ficaram ofendidos pelo texto.”