Bilionário prevê que 80% dos empregos serão substituídos pela IA
Para Vinod Khosla, a IA reduzirá a necessidade de mão de obra humana
setembro 26, 2024 - 9:43 am
Foto: Unsplash
O bilionário Vinod Khosla prevê que 80% dos empregos serão substituídos pela Inteligência Artificial. “Eu estimo que 80% de 80% de todos os trabalhos, talvez mais, podem ser feitos por uma IA”, alertou o investidor.
Em uma postagem em seu blog, Khosla divulgou uma análise dos estudos sobre tecnologias disruptivas. Em linhas gerais, ele aponta que IA reduzirá a necessidade de mão de obra humana porque fará a maioria dos trabalhos melhor, mais rápido e mais barato.
“À medida que a IA reduz a necessidade de trabalho humano, a RBU [renda básica universal] pode se tornar crucial, com os governos desempenhando um papel fundamental na regulação do impacto da IA e garantindo uma distribuição equitativa da riqueza” (…) Com a redução dos custos de trabalho e o aumento da produtividade, o papel da regulação governamental será vital na gestão da distribuição de riqueza e na manutenção do bem-estar social”, ressaltou.
Mesmo com uma previsão alarmista, Vinod Khosla salienta que se IA for utilizada de maneira positiva poderá “gerar riqueza mais do que suficiente para todos. E todos estarão melhor do que em um mundo sem ela”.
Substituições
No texto, Vinod Khosla afirma que trabalhadores de “colarinho branco” podem ser os primeiros a serem substituídos. “Tomemos o setor bancário de investimento, por exemplo — é gratificante passar 16 horas por dia lidando com uma planilha do Excel ou uma apresentação em PowerPoint, repetindo as mesmas tarefas mecânicas?”, questiona.
Contudo, o bilionário pondera que a utilização da inteligência artificial pode gerar uma semana de trabalho de um dia, ou seja, os humanos realizariam “os 20% do trabalho que podemos precisar ou querer.”
“A vida não se tornará menos significativa uma vez que eliminemos empregos indesejáveis e intensivos em trabalho. Pelo contrário — a vida se tornará mais significativa à medida que a necessidade de trabalhar 40 horas por semana poderia desaparecer em algumas décadas para os países que se adaptarem a essas tecnologia”, finalizou Khosla.