Empreendedorismo feminino artesanal e criativo feito com crochê ganha destaque no Recife
O Crochê Desenrolado é uma loja focada na produção artesanal que se inova com coleções reformuladas e formas de empreender
abril 29, 2024 - 2:13 pm

Crochê Desenrolado conquistou os jovens no Recife. (Foto: Divulgação)
Um momento de incerteza e medo se transformou em uma oportunidade para a empreendedora Karoline Mariá. Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, a jovem decidiu abrir Crochê Desenrolado após desenvolver um hobbie pela prática de produzir peças com lã. Durante o período pandêmico, Mariá viu seu faturamento aumentar em cinco vezes em espaço de tempo de uma semana.
Com o crescimento, surgiu a necessidade de adaptação e reestruturação em tempo recorde. Para Mariá, a transição de um empreendimento pessoal para um negócio em expansão exigiu não apenas criatividade e habilidade, mas também uma reavaliação completa de seu planejamento e estratégias operacionais.

Crochê
O crochê veio como um escape para a criadora. “Durante a pandemia, eu embarquei em várias ideias diferentes, fiz pão, cursos, várias videochamadas com os amigos pra não surtar e, no meio de tudo isso, veio o crochê na cabeça. Meu irmão tinha umas linhas fininhas e agulhas que ele usava pra fazer algo da capoeira, aí eu peguei emprestado e fiz uma chocker, com ajuda de alguns vídeos básicos que assisti no YouTube. Depois, parti pra ideia de fazer umas roupas, meus amigos amaram, me mandaram postar e criar uma lojinha”.
No meio das inúmeras possibilidades de prática das habilidades manuais, o crochê foi a conquistou o coração de Mariá. Com o apoio dos amigos, a empreendedora criou criou as peças, o nome da loja, fez as fotos e a produção de venda.
Após dar um intervalo de dois anos na produção, retomou a venda das peças em crochê em agosto, cm uma nova coleção. “Criei 4 modelos, entre eles a baby e a ombrim e foi um sucesso entre meus seguidores”. Por meio de divulgação em redes sociais como o TikTok e através e parcerias com influenciadores, o crochê de Mariá viralizou.
Trabalho artesanal e suas dificuldades
Quando houve o crescimento, foi preciso adotar uma nova ideia para dar conta dos pedidos, visto que todos são handmade, feitos de forma caseira pela dona da marca. Os chamados “drops” foram aderidos nesse momento.
“Praticamente, não dava pra produzir uma quantidade exorbitante de bolsas em um período tão curto. Então, optei por esse formato para poder organizar melhor a logística de reposição de estoque e a minha produção. Hoje, estou no terceiro drop e tenho planos de seguir com o site aberto sempre, apenas reabastecendo e lançando coleções específicas, ao invés de drops. Dessa forma, as redes não ficam tão paradas e o cliente tem mais possibilidade de comprar”, explica.
Fazer com que os clientes entendam que é um trabalho artesanal, segundo ela, é o maior desafio atualmente. “Como não sou uma fábrica, vou produzindo de acordo com os pedidos. E, como é tudo à mão, tem prazo de confecção e entrega e nem sempre as pessoas compreendem isso”, finaliza a empreendedora.
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